São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Segredo é respeitar o carro e aprender devagar

MAURO TAGLIAFERRI
DO ENVIADO A COLUMBUS

Se colocar um Indy em movimento é possível a um mortal, pilotá-lo, no sentido de explorar o carro em termos de rendimento e velocidade, já se torna tarefa bem mais complicada.
Em primeiro lugar, é preciso respeitar a máquina. ``É mais fácil ir de baixo para cima do que querer começar de cima", disse Mauricio Gugelmin durante o teste de que jornalistas brasileiros, inclusive da Folha, participaram.
Para o piloto, o segredo é progredir no aprendizado do carro.
Os mais afoitos acabavam rodando. ``O cara vem, acha que o carro está na mão, dá uma cutucada e aí vem toda a cavalaria nas suas costas", comentou.
Traduzindo, a estabilidade do carro cria uma falsa sensação de segurança. O novato, então, acelera com tudo e o motor despeja, para sua surpresa, 650 cavalos de potência de uma vez.
Mecânicos da Pacwest, a equipe de Gugelmin, também dirigiram o carro. Os mais velozes atingiam os 130 km/h na reta de 300 metros do circuito, montado, com cones, num centro de pesquisa automobilística a 64 km de Columbus (meio-oeste dos EUA).
Já o piloto brasileiro chegou aos 160 km/h. ``O ideal é que se deixe o carro escorregar nas curvas, mas é preciso saber controlá-lo", contou ele.
Entre os iniciantes, escorregar era sinônimo de rodar.
O piloto se divertia até com o movimento da cabeça dos ``mortais". ``Não estão habituados e a cabeça vai para trás nas acelerações. Quando você está acostumado, ela nem se mexe."
(MT)

O jornalista Mauro Tagliaferri viajou aos EUA a convite da equipe Pacwest

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