São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Cidades

A palavra ``cidade" vem do latim ``civitas", que significa ``condição de cidadão", ``direito de cidadão". É mais que evidente que as cidades brasileiras não estão conseguindo proporcionar a seus habitantes os direitos mínimos de um cidadão, tais como saúde, educação, condições dignas de habitação.
O crescimento desenfreado dos centros urbanos só tende a crescer. Segundo cálculos da ONU, a população urbana em todo o mundo está crescendo 2,5 vezes mais que a rural. O organismo prevê que os 2,4 bilhões de pessoas que vivem hoje em cidades cheguem a 5 bilhões até 2025.
Se hoje a situação das cidades brasileiras já não é nada boa, a tendência de maior crescimento das populações urbanas vai agravá-la ainda mais. Daí a importância de soluções de planejamento urbano para tentar garantir um mínimo de conforto para os cidadãos.
O problema não é exclusivo do Brasil, mas de todo o planeta, e em especial o Terceiro Mundo. Em 96, em Istambul, a ONU realiza a conferência de cúpula Habitat 2, que visa a adotar uma política global sobre assentamentos humanos.
O secretário-geral da conferência, Wally N'Dow, esteve no Brasil para reunir dados e sugestões do país para o encontro. Mal e mal, algumas cidades brasileiras vêm conseguindo elaborar projetos que têm surtido efeitos. É o caso de Curitiba, por exemplo, que foi escolhida a cidade-modelo do mundo em 95.
Encontrar soluções para que a palavra ``cidade" resgate um pouco de seu sentido latino é um imperativo mais do que urgente.

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