São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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`Mirante do Paranapanema já é uma causa perdida', diz fazendeiro
PAULO FERRAZ
O sindicato, que representa os fazendeiros de toda a região do Pontal do Paranapanema, já não sabe mais o que fazer. ``Se pedimos interdito proibitório, os sem-terra não respeitam. Se ganhamos a reintegração de posse, eles saem, esperam alguns dias e voltam a invadir a fazenda. Isso aqui virou uma terra sem lei, onde quem manda são os sem-terra", diz Joel Amaro Mascarenhas, 56, coordenador da Comissão do Pontal, montada pelo sindicato. No dia 10, o sindicato tem um encontro com a Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, com o secretário da Justiça, Belisário dos Santos Jr., com a Procuradoria Geral do Estado e com o Instituto de Terras de São Paulo. ``Vamos pedir que o secretário dê uma solução definitiva para o problema", diz Ishii: ``Não podemos evitar que eles invadam nossas fazendas. Mas é um absurdo ver que, além de invadir, eles destroem tudo, matam gado e queimam os pastos". Os fazendeiros pedem a punição dos crimes, a criação de mecanismos legais para a legitimação de áreas, o pagamento de saldos pendentes nas desapropriações feitas, cadastramento dos sem-terra, definição das áreas dos assentamentos e titulação das áreas restantes. Texto Anterior: Pará cria delegacia de conflitos fundiários Próximo Texto: Líder dos sem-terra diz que eles já deram `trégua de quase 500 anos' Índice |
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