São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995
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Brasileiro tem apenas dez estrangeiros

ARNALDO RIBEIRO; VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL*

Se os brasileiros ocupam tantos lugares no futebol japonês, a entrada de estrangeiros no Campeonato Brasileiro é mais restrita.
A ``Legião Estrangeira" no atual campeonato não dá nem mesmo para formar uma equipe completa, pois, dos 554 jogadores que já atuaram neste ano, apenas 10 são de outros países, ou seja, 1,8%, e 2 são goleiros.
Para se formar uma seleção de estrangeiros que atuam no Brasil, seria necessário ``adotar" dois atacantes brasileiros.
A defesa da equipe seria protegida por uma dupla de zaga paraguaia, que teria Rivarola, 29, do Grêmio, e Gamarra, 24, do rival Internacional.
Os dois jogadores são titulares em suas equipes. Rivarola disputou sete jogos e Gamarra, que chegou no meio do campeonato, quatro.
A lateral direita seria ocupada por Arce, que, como seu compatriota Rivarola, foi campeão da Libertadores pelo Grêmio e jogou quatro vezes no Brasileiro.
A outra lateral ficaria com Fabio Ramón, 23, o argentino dono da camisa 6 do Criciúma em nove dos dez jogos da equipe.
O meio-campo dessa seleção já teria que se comunicar em ``portunhol", pois o único europeu que joga no Brasileiro é de Portugal.
Nuno Alexandre, 21, fez nove jogos como armador do Paysandu e seria auxiliado no setor pelo chileno Sierra, 26, e pelo paraguaio Sotelo, 27, do Cruzeiro, que, antes da rodada de ontem, jogaram quatro vezes.
A marcação no meio ficaria mais com o volante argentino Mancuso, um dos destaques do Palmeiras.
O goleiro poderia ser o camaronês Andem, 27, que, depois da contusão de Dida, já defendeu o gol do Cruzeiro em dois jogos, quando sofreu cinco gols.
Se, no entanto, a equipe necessitasse de maior experiência no gol, teria à disposição Goycochea.
O ex-goleiro da seleção argentina, que fará 32 anos no próximo dia 17, é dono de seu passe e tem contrato com o Internacional até julho de 1996.
Goycochea já jogou na Colômbia, na França e no Paraguai e apenas torce para ser convocado novamente para a seleção.
``Acho que é difícil, mas não perco a esperança".
(AR e VS)

*Colaborou a Agência Folha, em Porto Alegre

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