São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

THE FORGE; A FORJA

DO QUAL ELE SE ESVAI EM MELODIA

THE FORGE
All I know is a door into the dark.
Outside, old axles and iron hoops rusting;
Inside, the hammered anvil's short-pitched ring,
The unpredictable fantail of sparks
Or hiss when a new shoe toughens in water.
The anvil must be somewhere in the centre,
Horned as a unicorn, at one end square,
Set there immoveable: an altar
Where he expends himself in shape and music.
Sometimes, leather-aproned, hairs in his nose,
He leans out on the jamb, recalls a clatter
Of hoofs where traffic is flashing in rows;
Then grunts and goes in, with a slam and flick
To beat real iron out, to work the bellows.

A FORJA
Só sei da porta para o escuro. Fora,
há velhos eixos e aros se oxidando.
Dentro, a bigorna ecoa o malho enquanto
fagulhas abrem-se num leque ou chora
a ferradura nova em água fria.
A bigorna, no centro, é um unicórnio
quadrado num extremo: altar em torno
e forma. De avental de couro e pêlos
nas ventas, ele encosta-se ao batente,
rememorando, às vezes, atropelos
entra batendo a porta e, com desvelo,
aciona os foles, malha ferro ardente.
(Extraído de ``Door Into the Dark" e traduzido por Nelson Ascher)

Texto Anterior: Seamus Heaney ganha o Prêmio Nobel
Próximo Texto: Novos holandeses se perdem no `cult'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.