São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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"Não foi uma campanha cara", diz o deputado que mais gastou

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Jurandyr Paixão (PMDB-SP) é visto pelos colegas de Congresso como megalomaníaco. A principal razão é um plano cultivado pelo deputado: ele quer dar a volta ao mundo pilotando seu próprio avião.
A prestação de contas apresentada ao TSE aponta Paixão como o recordista em gastos na campanha em toda a Câmara. Sua eleição saiu por mais de R$ 584 mil.
``Não foi uma campanha cara", diz. ``Sou um homem rico e gastei o que era permitido", completa, lançando uma suspeita sobre as contas dos colegas: ``Depende se eles declararam tudo".
Quem mais investiu na primeira eleição de Paixão para deputado federal foi a fábrica de papel e celulose Klabim, acompanhada por outras empresas do ramo -a Ripasa e a Champion.
"As doações foram todas em papel para a impressão de propaganda eleitoral, não entrou dinheiro", disse. Ele nega que vá defender a indústria de papel.
Em poucos meses de mandato, Paixão avalia que valeu a pena. Ele integra o colégio de vice-líderes do PMDB e a disputada Comissão de Finanças. Sua principal missão é presidir a comissão especial que debate a proposta de reforma tributária do governo.

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