São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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A cada eleição, paranaense faz avaliação da relação custo-benefício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Financiado por bancos e empreiteiras, o deputado Basílio Villani (PPR-PR) faz, a cada eleição, uma avaliação do custo de cada voto que recebe. Para a próxima, procura votos mais baratos: ``Olho uma região e digo: aqui, o voto é muito caro".
Ele revela a sua estratégia política: ``Eu trabalho por metas. Estipulo o número de votos que quero e vejo quanto preciso em cada município. Não pretendo ser o mais votado. Quero me reeleger".
Quando as metas não se confirmam em determinados municípios, ele altera a tática. ``Pode ter morrido um cabo eleitoral forte. Zebrou. Tenho que transferir o meu cirquinho. Pego a lona e levo para montar em outro lugar."
Villani atua em 48 municípios do Paraná. Afirma que visita seus eleitores durante os quatro anos de mandato. E acha que o custo desse deslocamento deve ser computado como gasto eleitoral.
Líder de uma fracassada greve de deputados por aumento de salário, Villani tenta agora criar um benefício chamado ``incentivo assiduidade". Seriam pagos jetons de R$ 500 por sessão do Congresso (quatro por mês). Para receber o benefício, o deputado teria que apresentar comprovantes de despesas de viagens.

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