São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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Real cria mais vagas do que fecha, mostra IBGE

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos até julho deste ano o Plano Real criou mais vagas de trabalho do que fechou.
Pesquisa do IBGE em seis capitais mostra que os setores industrial, comercial, da construção civil e de serviços contrataram 554 mil trabalhadores no primeiro ano do Real.
Os 14,322 milhões de trabalhadores naqueles setores em julho de 94 passaram para 14,876 milhões em julho deste ano (mais 3,87%), incluindo as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Por setor, o maior crescimento ocorreu no de serviços, com 5,09% -eram 7,816 milhões em julho de 94 e 8,214 milhões em julho de 95. O setor comercial registrou o segundo melhor desempenho, com aumento de 4,83% no número de empregados (de 2,30 milhões para 2,411 milhões).
A indústria tinha 3,139 milhões de trabalhadores em julho passado, ou seja, 2,38% mais do que os 3,066 milhões de igual mês de 94.
O pior desempenho ocorreu na construção civil, que reduziu em 2,46% o contingente de mão-de-obra -1,140 milhão em 94 e 1,112 milhão neste ano.
Para o presidente da Associação das Empresas Prestadoras de Serviços a Terceiros, Ermínio Alves de Lima, está havendo o ``deslocamento de contratações da indústria para o setor de serviços".
Com a terceirização, as empresas prestadoras de serviços estão absorvendo parte da mão-de-obra desempregada pelo setor industrial. ``É uma tendência mundial."
Os indicadores de emprego no comércio varejista da região metropolitana de São Paulo registram estabilidade durante o Plano Real.
Segundo Oiram Corrêa, diretor da Divisão de Estudos Econômicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, a situação ``não é tão boa como se esperava, mas também não é tão má".

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