São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
`Troca de chumbo' entre bancos ajuda investidor
DA ``AGÊNCIA DINHEIRO VIVO" A empresa com sobra momentânea de caixa, que não pode alongá-la por 30 ou 60 dias, não precisa se conformar com a rentabilidade diminuta dos FIFs de curto prazo, em decorrência do compulsório de 40%.O ganho bruto desses fundos oscila entre 40% e 54% da variação do CDI-Over, dependendo da instituição financeira. Para driblar o compulsório, os bancos criaram diversos ``produtos", não enquadrados na categoria fundos e, portanto, isentos de recolhimentos. Uns absolutamente legais, outros nem tanto. Os legais são, oficialmente, carteiras administradas coletivas, ou seja, fundos disfarçados. Aceitam quantias não muito expressivas. Para o cliente de porte, com recursos entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, montam-se operações sofisticadas, específicas para as necessidades dele. A velha ``troca de chumbo" entre bancos também é amplamente utilizada. Duas instituições trocam CDBs entre si, apenas contabilmente, sem envolver dinheiro. Com o papel na carteira, o banco capta recursos do cliente e aplica no CDI. Quando o investidor resolver sacar os recursos, o banco simplesmente recompra o papel e paga o valor correspondente ao período aplicado. Algumas instituições exigem um período mínimo de permanência para poder girar o dinheiro no interbancário com lucro, uma espécie de carência, que raramente supera os 15 dias. Ou seja, a metade do tempo exigido pelo FIF/30. Dependendo da quantia aplicada, o rendimento pode superar o do fundo. Há instituições que chegam a pagar 100% da variação do CDI. Texto Anterior: Novos fundos premiam a fidelidade Próximo Texto: Marcianos na reforma tributária Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |