São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995 |
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Viagens do Flamengo beneficiam presidente
MÁRIO MAGALHÃES
O clube abandonou o Maracanã desde que o governo do Estado do Rio não renovou, em julho, o contrato de exploração das placas com a Traffic. A exceção foi a partida realizada contra o Palmeiras no dia 3 de setembro. O local foi imposição da TV Globo, que transmitiu o jogo. Contra o Grêmio, o clube não quis atuar no Rio: foi para o estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC). Cada placa em volta do campo da Ressacada é vendida por R$ 2.500 para o anunciante, de acordo com tabela de preços da Traffic para setembro. Num estádio como o Maracanã há, em média, 32 placas em volta do campo. Nos outros estádios, o número é semelhante. Em vez de enfrentar o Vitória (BA) no Rio, o Flamengo preferiu jogar no estádio Engenheiro Araripe, na Grande Vitória (ES). Lá as placas também são vendidas pela Traffic, por US$ 3.200 cada. Mesmo em jogos em que não tinha o mando de campo (direito de definir o local), o Flamengo conseguiu mudar de estádio. O Guarani aceitou jogar com o Flamengo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, cujas placas também são vendidas pela Traffic. Kleber Leite alega que o público fora do Rio é maior e, portanto, o clube ganha mais com rendas. A Traffic detém os direitos de venda de placas em 59 estádios do país. É a maior empresa do ramo. Tem o monopólio de venda dos direitos de TV da seleção brasileira, graças a contrato com a Confederação Brasileira de Futebol. Só ao intermediar o patrocínio da Coca-Cola para a seleção, em 94, a Traffic ganhou US$ 1 milhão. Texto Anterior: Parmalat x Parmalat Próximo Texto: Dirigente não vê problemas Índice |
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