São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Presidente fará festa discreta

DENISE CHRISPIN MARIN
DE BUENOS AIRES

Os cem anos de Perón devem ser comemorados hoje na Argentina com certa reserva pelo governo peronista de Carlos Menem.
Isabelita Perón, a última mulher do general, deverá colocar uma coroa de flores em seu mausoléu, no cemitério da Chacarita, e descerrar uma placa na casa onde ele nasceu, em Lobos.
À noite, haverá uma missa em memória ao general que brigou com a Igreja, na década de 50, e autorizou grupos peronistas a queimarem templos católicos.
A discrição do presidente peronista tem fundamento. A política econômica adotada por Menem a partir de 1989 rompeu com os ideais de justiça social do peronismo e preferiu a cartilha neoliberal.
A estabilidade foi alcançada a duras penas. A taxa de desemprego se elevou a 18,6% em maio -e deve continuar subindo.
Mesmo assim, Menem não mostra intenção de alterar a fórmula que venceu a hiperinflação. Sem constrangimento, costuma repetir que não vai ``peronizar a economia".
(DCM)

Texto Anterior: Para autor, Menem desfigurou o peronismo
Próximo Texto: Argentinos visitam túmulo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.