São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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OMC divulga hoje parecer sobre medidas

CLAUDINÊ GONÇALVES
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE GENEBRA

A OMC (Organização Mundial do Comércio) divulga hoje seu parecer sobre as cotas de importação para carros impostas pelo governo brasileiro em junho.
O adiamento formal ocorreu porque o Brasil não aceita ser acusado de protecionismo.
Depois de dois dias de exame no comitê de balanço de pagamentos da OMC, Estados Unidos, União Européia, Japão, Coréia do Sul, Canadá, Austrália e México insistiram que as cotas de importação só seriam justificáveis em caso de grave crise econômica.
Um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) apresentado no comitê de balanço de pagamentos da OMC mostra justamente que as reservas internacionais do Brasil são suficientes para 12 meses de importação.
A Coréia do Sul, por exemplo, afirma que só tem reservas equivalentes para dois meses e meio de importações e nem por isso decidiu impor cotas.
O Brasil argumentou que parte dessas reservas é de capital volátil, de curto prazo, e que a medida de restrição de importações foi adotada logo após a crise do México.
Os países que pediram a convocação da reunião consideram que não há riscos graves para o balanço de pagamentos do Brasil e que o regime de cotas está sendo usado como política industrial.

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