São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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Vendas devem ser equivalentes a 94

CLÁUDIA PIRES
DA REDAÇÃO

As revendas de brinquedos do país pretendem realizar, neste ano, o mesmo volume de vendas do Dia das Crianças no ano passado. Segundo a Abreb (Associação Brasileira dos Revendedores de Brinquedos), as vendas nesta semana devem ser de US$ 220 milhões, mesmo volume de 94.
Um dos diferenciais neste ano é o aumento da oferta de importados. Há cerca de 8.000 itens disponíveis nas revendas, contra 4.000 registrados em 94.
Para Ricardo Sayon, 43, presidente da Abreb, a concorrência dos importados não é prejudicial. ``O que afeta o mercado é o aumento do contrabando. Os brinquedos importados legalmente dão mais opções ao consumidor".
A Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) também projeta um volume de vendas equivalente ao de 94.
Segundo Synésio Batista da Costa, 39, presidente da Abrinq, apenas a indústria de eletrônicos está prevendo aumento de 10% nas vendas.
Para Costa, os brinquedos importados estão tomando o mercado com preços mais baixos. ``Mas a maioria não tem garantia e nem a qualidade do nacional", afirma.
Ele também ressalta o crescimento do contrabando, que, até o final do ano, deve movimentar mais de US$ 80 milhões.
Segundo Costa, as indústrias nacionais não têm por que aumentar os preços dos brinquedos. ``Não estamos efetuando vendas desde o mês de agosto".
Ele afirma que a concorrência dos importados fez com que a indústria investisse em qualidade e produtividade, o que tornou os brinquedos -no caso das linhas já existentes há um ano- mais baratos em relação a 94. ``A redução das margens de lucro barateou as peças em cerca de 15%".

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