São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995 |
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Polisul vai investir US$ 250 mi no Brasil
MÁRCIA DE CHIARA
Para deslanchar o projeto, a diretoria da empresa aguarda apenas o sinal verde do seu conselho de administração, que se reúne ainda nesta semana para tratar do investimento. Se o projeto for aprovado, as duas novas plantas começarão a produzir, no início de 98, cerca de 300 mil toneladas anuais de resinas, diz Julio Rabelo, diretor comercial da Polisul. Uma das linhas vai produzir polietileno de baixa densidade linear, que é a matéria-prima básica para fabricação de caixas e sacolas de plástico. A outra linha destina-se à fabricação de polipropileno, um outro tipo de resina plástica, muito usado pela indústria de autopeças. Além dos US$ 250 milhões, a empresa já tem aprovado um investimento de US$ 50 milhões para ampliar em 100 mil toneladas anuais a sua capacidade de produção de polietileno de alta densidade, a partir de outubro de 96. O polietileno de alta densidade é usado na fabricação de frascos para a indústria de lubrificantes e limpeza, entre outras. A Polisul, controlada pela Hoechst e Ipiranga Química, tem hoje capacidade para produzir 240 mil toneladas de polietileno de alta densidade por ano e espera fechar 95 faturando US$ 280 milhões, 27% a mais do que em 94. Os grandes investimentos anunciados recentemente pelas montadoras e o crescimento do consumo com o Real fizeram com que a empresa retomasse a ampliação da sua capacidade produtiva. Segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados), os investimentos até o final da década devem somar US$ 5 bilhões. Para os empresários do setor, o montante pode chegar a US$ 7 bilhões se o governo revir a alíquota do II (Imposto de Importação) e garantir regras mais estáveis. Em novembro de 94, a alíquota do II sobre as resinas foi rebaixada de 14% para 2% para facilitar a entrada do produto importado. Empresários do setor que participam da 13ª Feira Internacional de Plásticos e Borracha, em Dusseldorf, na Alemanha, dizem que o governo prometeu rever a tarifação das resinas no próximo mês. A jornalista MÁRCIA DE CHIARA viaja a Dusseldorf a convite da Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados (Abiquim). Texto Anterior: Fragmentação gera nova `revolução' na publicidade Próximo Texto: Produto com `cara de Brasil' faz sucesso Índice |
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