São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995 |
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Êxito espanta Luiz Antônio
MAURO TAGLIAFERRI; SÉRGIO KRASELIS
O brasileiro, que vive em Volta Redonda (RJ) com sua mulher e três filhas, se recuperava de uma contratura muscular na coxa direita e acreditava que nem concluiria a corrida. Medalha de bronze na maratona no Mundial da Suécia, em agosto, Luiz Antônio já tem uma das três vagas do Brasil para a maratona masculina em Atlanta-96. Nitidamente mais musculoso que a maioria de seus concorrentes -tem 1,64 m e 60 kg-, o brasileiro possui uma peculiaridade. Segundo seu técnico, Henrique Viana, o coração de Luiz Antônio bate 25 vezes por minuto quando ele está em repouso. Na média, um ser humano tem, nessas condições, 60 batimentos por minuto. (MT e SK) Pergunta - Você vai participar da Maratona de Nova York, em novembro? Luiz Antônio dos Santos - Não. Agora vou treinar em Campos do Jordão para a Maratona de Fukuoka (Japão), em dezembro. Pergunta - Qual foi sua estratégia para vencer em São Paulo? Luiz Antônio - Estava mais preocupado com o meu ritmo. Quando assumi a ponta, continuei tranquilo, porque me sentia bem. Não fiquei pensando em quem estava atrás de mim. Nem esperava a vitória. Vinha de uma lesão e achava que fosse senti-la. E, se isso acontecesse, iria parar. Pergunta - E os túneis do percurso? Luiz Antônio - Foram bons, porque eram os pontos mais frescos. A única dificuldade eram as subidas nas saídas deles. Pergunta - O calor atrapalhou muito? Luiz Antônio - Se a temperatura fosse mais baixa, os tempos teriam sido bem melhores. É difícil correr em São Paulo e acho que os estrangeiros, por não estarem acostumados, devem ter sofrido mais que os brasileiros. Texto Anterior: Cidade tem nova prova em 96 Próximo Texto: Túneis 'ensurdecem' brasileira Índice |
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