São Paulo, segunda-feira, 9 de outubro de 1995
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De Palma cria universo de obsessão em ``Dublê"

MARCELO REZENDE
DE PALMA CRIA UNIVERSO DE OBSESSÃO EM ``DUBLÊ"

Nada é o que parece. Assim é o cinema. E assim é também o cinema de Brian de Palma, tão bem-demonstrado, quase como uma tese, em ``Dublê de Corpo"(HBO, às 3h).
A história é um compêndio de fixações sexuais. Um homem, fascinado pela mulher que observa pela janela de um prédio, acaba testemunhando um crime e se vê envolvido com uma atriz pornô.
Mas, se essa é a história, não significa que De Palma deva contá-la dessa forma.
Sua criação em ``Dublê de Corpo" é de um universo de neurose e obsessão. Cada personagem se constrói no mundo -e a si mesmo- quando parte para uma descoberta: a de que foi enganado.
Muito se fala das citações de Hitchcock em De Palma, especialmente nesse filme. Mas quase sempre é deixado de lado seu apego desesperado à psicanálise. Algo que, no fundo, talvez seja sua grande motivação. Ou apenas mais uma citação hitchcockiana.
(MR)

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