São Paulo, terça-feira, 10 de outubro de 1995
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Indústrias projetam faturamento igual a 94

CLÁUDIA PIRES
DA REDAÇÃO

A indústria de brinquedos estima que as vendas do Dia das Crianças de 95 devem ficar no mesmo patamar que as registradas em igual período do ano passado.
A Estrela investiu cerca de US$ 500 milhões com promoções neste ano e fez 80 lançamentos para outubro, mas pretende realizar o mesmo volume de vendas de 94.
Para Carlos Tilkian, 42, presidente da empresa, essa projeção de vendas é otimista. ``Tivemos um bom ano em 94 e pretendemos repeti-lo", afirma.
Segundo Tilkian, a empresa reduziu o custo relativo do brinquedo -baixando a margem de lucro- e conseguiu manter os mesmos preços para linhas de produtos já existentes no ano passado.
A Estrela também investiu em importados. Cerca de 30% dos produtos oferecidos neste ano são estrangeiros.
Já a Glasslite afirma estar sendo prejudicada pelo aumento da oferta de importados. ``O produto importado é mais barato porque a mão-de-obra lá fora é mais barata", justifica Celso Dedivitis, 59, vice-presidente da empresa.
A Glasslite vendeu R$ 50 milhões no Dia das Crianças de 94 e pretende repetir a dose neste ano. A data representa cerca de 30% do faturamento anual da empresa.
A Grow investiu R$ 550 milhões no lançamento de produtos para o Dia das Crianças. Para João Nagano Jr., 37, gerente de marketing da empresa, 55 novos produtos já foram colocados no mercado com a projeção de manter o mesmo volume de vendas de 94.
Para Wilson Soderi Jr., 36, diretor comercial da Lego, os consumidores estão vivendo ``um momento de indecisão". ``A oferta de brinquedos aumentou, mas os preços dos importados confundem os consumidores", afirma.
A empresa lançou 120 produtos neste ano e mais 11 modelos importados nesta semana. Mesmo assim, a expectativa de vendas para este ano é 10% menor do que a do ano passado.
Eduardo Lara, 36, diretor da Playtronic, parceria da Estrela com a Gradiente em jogos eletrônicos, acredita que o setor de eletrônicos tem mais condições de concorrer com os importados. A empresa pretende vender US$ 60 milhões neste ano, contra US$ 47 milhões em 94.

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