São Paulo, terça-feira, 10 de outubro de 1995 |
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Falta trajetória do arquiteto
VICTOR AGOSTINHO
Mas não faltaram projetos ou desenhos que sintetizem o pensamento arquitetônico de Bratke. O que o leitor vai sentir falta, já que este livro é uma obra de referência, é de elementos que mostrem a trajetória de Bratke pela arquitetura. Ou seja, os motivos que o levaram a abandonar as artes plásticas e se dedicar à arquitetura. E, depois dessa decisão, o leitor vai sentir curiosidade sobre as fontes de referência arquitetônica de Bratke e a sua relação com o traço forte e elegante de seu pai. Em entrevistas a diversas publicações, Bratke já contou que uma espécie de inércia o levou para a arquitetura. Seu pai, arquiteto, manteve até os anos 50 um ritmo forte de trabalho no escritório, chegando, em cerca de 20 anos, a projetar mais de 400 casas só nos Jardins (zona oeste de São Paulo). Com tudo isso à mão, nada mais tranquilo do que Carlos Bratke seguisse a profissão do pai. Mas ainda houve uma certa resistência com a arquitetura. Aos 16 anos, Carlos Bratke começou a fazer Artes Plásticas na Faap. Terminou o curso e não teve jeito: fez arquitetura no Mackenzie. Nos primeiros anos depois da formatura a pintura e a arquitetura ainda conviveram, mas esta acabou tomando seu tempo. Sempre que questionado sobre qual escola de arquitetura pertence, Carlos Bratke evita o rótulo. Ele afirma que conseguiu escapar do pós-modernismo e que hoje agrega aos seus projetos a sua personalidade e um pluralismo de idéias e expressões arquitetônicas. (VA) Texto Anterior: Livro mostra produção de Carlos Bratke Próximo Texto: L'Esquisse traz clima de `cinema noir' Índice |
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