São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995 |
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Só Portugal reclama da escolha
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS A única reação de decepção com a escolha de Joseph Rotblat e do grupo Pugwash veio do governo português, que apoiava abertamente a candidatura do bispo de Dili, dom Carlos Felipe Ximenes Belo. Dili é a capital do Timor Leste, ex-colônia portuguesa ocupada pela Indonésia."Assim como todos os portugueses, eu gostaria que o prêmio fosse para o bispo de Dili, mas os protestos nucleares estão em voga, e a luta contra eles é digna de ser distinguida", disse o presidente Mário Soares. Ele disse que vai propor novamente a candidatura do bispo timorense ao prêmio em 1996. O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, que era favorito ao prêmio, elogiou a escolha de Rotblat. Quanto à organização Pugwash, Carter disse desconhecê-la. Mesmo assim, chegou a comentar a escolha da entidade: "Geralmente, os grupos mais atuantes são aqueles que agem discretamente e sem publicidade". O grupo Greenpeace, o principal ativista contra os testes nucleares franceses, disse que o prêmio vai representar um impulso para suas reivindicações. "Ele foi talvez o primeiro ativista antinuclear e mereceu o prêmio", disse Shaun Burnie, coordenador para campanhas antinucleares do grupo. Texto Anterior: Físico ganha Nobel da Paz por combater arma nuclear Próximo Texto: OS ÚLTIMOS PREMIADOS Índice |
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