São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995
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Construtoras bancaram PT

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PT ao governo de São Paulo em 94, José Dirceu, teve 72% de sua campanha bancada por empreiteiras, o maior índice entre os candidatos do Estado.
Pelo menos R$ 810 mil, de um total de R$ 1,1 milhão arrecadado pelo PT, tiveram origem nos cofres das construtoras.
O grupo Odebrecht liderou o ranking das ofertas ao PT: a construtora Norberto Odebrecht forneceu R$ 169 mil, e sua subsidiária, a CBPO, repassou R$ 309 mil. O grupo OAS, antigo alvo de denúncias de corrupção dos petistas, também compareceu com contribuição de R$ 215 mil.
As contribuições de empreiteiras ao PT em vários Estados e também à campanha do candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, provocaram uma crise entre os petistas. Alguns dirigentes do PT chegaram a defender a devolução dos recursos, o que acabou não ocorrendo de fato.
Percentualmente, todas as outras campanhas ao governo do Estado de São Paulo foram beneficiadas em menor escala do que a do candidato petista.
O candidato do PDT, Francisco Rossi, o segundo em termos percentuais a receber mais recursos de construtoras, ficou com 60% de dinheiro com origem entre as empresas da construção civil.

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