São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995 |
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Real faz poupança interna aumentar US$ 10 bilhões
LUIZ ANTONIO CINTRA
Isso de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que diz que a taxa de poupança da economia, que em 94 estava em 15% do PIB (Produto Interno Bruto), atingiu os 17% nos primeiros seis meses do ano. O PIB (a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) está hoje em US$ 530 bilhões. Para os economistas, a taxa de poupança da economia é igual aos investimentos produtivos e financeiros que ocorreram no período. Porém, se o crescimento da taxa de poupança pode ser considerado positivo -porque representa maior disponibilidade de recursos para o país-, alguns economistas preferem ser cautelosos. É o caso do professor Ricardo Carneiro, do Instituto de Economia da Unicamp, que, em sua tese de doutorado, estudou as contas nacionais. Carneiro ressalta que cerca de 90% dos investimentos que entraram no país e são contabilizados como poupança, são investimentos em títulos públicos e outros ativos financeiros, como ações. ``Nos tigres asiáticos, por exemplo, apenas 35% dos investimentos são financeiros e o restante é investimento produtivo", diz. Em sua análise, Carneiro divide os investimentos em dois grandes grupos: gastos em construção civil e em máquinas e equipamentos. No caso da construção, os investimentos estão concentrados em residências e não em construções industriais, diz. E no caso das máquinas e equipamentos, grande parte vem de fora. ``Isso demonstra que a indústria nacional está perdendo participação", afirma o economista. Texto Anterior: O novo paradigma da economia - 5 Próximo Texto: Ajuste no sistema bancário dos EUA causou falências Índice |
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