São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Império e República Com 1.142 funcionários e ampla documentação histórica da Casa, o Anexo 1 do Senado encontra-se em péssimas condições de segurança, segundo vistoria recentemente feita pelo Corpo de Bombeiros. Situação menos grave foi detectada há 15 dias no Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo paulista. Naquela ocasião, porém, a prefeitura da capital, em sua já habitual obstinação publicitária, tentou interditar o prédio, trazendo à lembrança os momentos funestos em que as ditaduras militares, incomodadas com a atividade parlamentar, fechavam as Casas legislativas. Felizmente, outro tratamento está sendo dado agora ao Senado. Convênio firmado entre a direção da Casa e o Corpo de Bombeiros prevê a instalação de uma brigada de combate ao fogo no prédio, enquanto não se inicia a reforma prevista para o próximo ano. O exercício legislativo -cuja importância para a democracia, aliás, nem sempre é corroborada pela aplicação dos parlamentares em suas tarefas- não pode ser atingido por problemas operacionais perfeitamente contornáveis. É de estranhar apenas que o presidente do Senado ainda se preocupe em trocar a poltrona que usa nas sessões por uma pomposa cadeira dos tempos imperiais, como se não houvesse tarefas mais importantes que os cuidados extemporâneos com o estilo para absorver as atenções do senador. Texto Anterior: Nada mal Próximo Texto: Watters e Mirândola Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |