São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995 |
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Chilenos assustam produtores dos EUA
JORGE CARRARA
O Chile ocupa o terceiro lugar na pauta norte-americana de importação de vinhos. As vendas ao país aumentaram 1.700% desde 1981 e chegaram a US$ 40 milhões em 94. Os vitivinicultores americanos, preocupados com a perda de mercado -agravada pela queda no consumo doméstico-, estão pressionando o Congresso para evitar a entrada do Chile no Nafta (North American Free Trade Agreement). Dentro dele, sem taxas, os produtos chilenos seriam ainda mais competitivos. Apesar de que idêntico tratamento seria dado aos vinhos norte-americanos no Chile, o mercado do país (apenas 14 milhões de consumidores) não deve dar um retorno compensador aos vinhateiros americanos. Basta dar uma olhada em alguns exemplares desses vinhos (e em seus preços) para descobrir por que a industria vinícola norte-americana, quando pensa neles, torce o nariz. A Discover Wines descortinou a edição 90 do Cabernet Sauvignon Montes Alpha, em que o enólogo Aurelio Montes repetiu a performance de outras safras. Produziu um Alpha denso, de bom corpo e com fruta intensa, bem-complementada por nuances elegantes de madeira. A Santa Carolina modelou em 89 outro Reserva Especial Viñedo Los Toros (Cabernet Sauvignon) de paladar redondo e equilibrado. A Concha y Toro apresentou um belo Merlot: o Marquês de Casa Concha Merlot safra 92. O tinto tem perfume intenso e uma concentração de fruta inédita nos tintos da firma, confirmando na sua textura e sabor que os Merlot talvez eclipsem as estrelas do Chile, até hoje os Cabernet Sauvignon. Texto Anterior: TEQUILA 1 Próximo Texto: Comida se confunde com poesia na China Índice |
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