São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995 |
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Condenado por homicídio leva detentos ao médico Caminhoneiro é líder de presos e é ouvido até pela direção KENNEDY ALENCAR
Toninho, como é conhecido, escolta presos até a delegacia, conserta o telhado, orienta os colegas. "Tem gente na cidade que pensa que sou policial." Uma vez, ao levar um preso para uma consulta num oftalmologista, diz que o médico "quase desmaiou" quando soube que ele também era um detento. Toninho é casado e tem 2 filhos. Fã da cantora sertaneja Roberta Miranda, ele terá direito a prisão albergue domiciliar daqui a três meses. Antes de ir para Bragança, esteve na cadeia de Atibaia (65 km de SP). Relata que se repetia mensalmente a rotina de mortes, brigas e tentativas de fuga. "Um inferno", diz. Quando chegou a Bragança, ainda não havia a Apac. Diz que sempre trabalhou nas cadeias: "Se você não ocupa a cabeça com coisa boas, está perdido". O delegado e o juiz escutam a sua opinião sobre os detentos e as atividades da Apac. Segundo ele, "uma minoria de 20" resiste à associação, mas a maioria aceita e vai poder viver em sociedade. (KA) Texto Anterior: Cidade de SP 'adota' cadeia pública Próximo Texto: Grupo quer gerir verba do Estado Índice |
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