São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995
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Grupo quer gerir verba do Estado

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

A Apac enviou proposta à Secretaria de Segurança Pública do Estado para administrar o dinheiro gasto com a alimentação dos presos. O atual contrato, que vence em 31 de dezembro, prevê um gasto diário de R$ 7,97 por preso.
O presidente da Apac, Antonio Pedro Marques, afirma que a associação pode oferecer o mesmo serviço por R$ 4,00 e usar o resto do dinheiro para ampliar o presídio.
O governo estadual tem dois terrenos ao lado da cadeia. Segundo Marques, a Apac quer construir uma cozinha industrial e outras áreas para programas de trabalho.
O secretário de Segurança Pública, José Afonso da Silva, elogia o trabalho da Apac. Silva afirmou que está estudando uma forma jurídica de estabelecer o convênio com a associação.
O juiz Nagashi Furukawa afirma que, comparado ao custo de presídios construídos pelo ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho, o anexo e a reforma na cadeia de Bragança revelam que o Estado emprega mal o dinheiro público.
O anexo e as reformas, que atendem a 152 presos, custaram R$ 39 mil reais. Os "cadeiões" construídos por Fleury, com capacidade para 512 presos, tiveram custo médio de R$ 16,8 milhões. O preço de cada vaga foi de R$ 32,8 mil.
A Secretaria de Segurança Pública renegocia o pagamento dos "cadeiões" para reduzir o custo médio para R$ 10 milhões.
(KA)

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