São Paulo, sábado, 28 de outubro de 1995
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PIB dos Estados Unidos cresce 4,2%

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ritmo de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA mais que triplicou no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período de 94.
O índice ficou em 4,2%, contra 1,3% no segundo trimestre, e acima dos 2,5% esperados pelos analistas de Wall Street.
O crescimento foi o maior desde o primeiro trimestre de 94, quando atingiu 5,1%.
O PIB, sazonalizado e desconsiderada a inflação, foi de US$ 7,113 trilhões, contra US$ 7,030 trilhões no segundo trimestre.
Ele foi impulsionado pelo consumo de carros, pelas exportações, pela construção civil e pela retomada dos gastos do governo.
Mesmo com o melhor resultado da economia no ano, a inflação é a mais baixa desde 1963, informou o Departamento de Comércio. Foi de 1,8% no trimestre, contra 3,2% no anterior.
Anteontem, o governo anunciou que as encomendas de bens duráveis haviam subido 3% no trimestre. Ontem, o déficit público no ano fiscal de 95 foi confirmado em US$ 163,8 bilhões, abaixo das expectativas.
O presidente norte-americano, Bill Clinton, disse ontem que o país está "na direção adequada". "Os índices de desemprego e inflação são os mais baixos dos últimos 25 anos", comemorou.
Ele enviou mensagens ao Senado Federal -que aprovou ontem proposta de orçamento contrária à do presidente, cortando US$ 245 bilhões em impostos até 2002- e ao Federal Reserve (banco central dos EUA).
Aos senadores, disse que seria exagero reduzir os gastos sociais para conter o déficit público.
Ao Federal Reserve, Clinton disse que o crescimento econômico e a queda da inflação são motivos para não elevar a taxa de juros.
O Fed se reunirá no próximo dia 15 para estudar o nível da taxa de juros, levando em consideração os resultados do PIB e da votação do orçamento.
Com a versão republicana de orçamento aprovada, será mais fácil baixar os juros e manter o ritmo do crescimento sem criar inflação.
A taxa de juros de curto prazo norte-americana foi reduzida em 0,25 ponto percentual em julho. Em agosto e setembro, ela não foi alterada.
Segundo o mercado, a tendência é que as taxas se mantenham inalteradas.

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