São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995
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FHC e Luís Eduardo trocam recados em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Fernando Henrique Cardoso e Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), presidente da Câmara, usaram sua passagem por São Paulo ontem para trocar recados relativos ao FSE.
O primeiro disse que não adiantava aprovar o fundo "a conta-gotas". O segundo pediu ao governo que se contentasse com 18 meses e lhe recomendou cortar despesas.
"É preciso que o Estado corte despesas. Não se pode ficar só dando receita e jogando a conta para o contribuinte, sem se fazer os ajustes necessários para o Estado", afirmou Luís Eduardo durante almoço com empresários.
"Por que 24 meses e não 18? Se pode ser feito o ajuste, pode-se antecipar o ajuste. Por que não?", indagou. Para ele, diminuir o prazo "é bom, inclusive, para o governo apressar o processo de privatização".
Segundo ele, 18 meses "estimulam mais (o governo) a andar com a privatização". Na sua opinião, o dinheiro das vendas das estatais pode ajudar o governo a equilibrar suas finanças.
Também em São Paulo, FHC disse que não adianta o Congresso aprovar o FSE "a conta-gotas", numa referência à prorrogação por apenas 18 meses.
Durante entrevista no aeroporto de Congonhas, pouco antes de embarcar para Brasília, às 12h, FHC voltou a fazer um apelo ao Congresso para que aprove o fundo.
"A meu ver, (o FSE) teria de ser aprovado até que houvesse a implantação das reformas administrativa, tributária e previdenciária", disse o presidente. Segundo ele, essas reformas vão permitir uma economia "estável", o que dispensaria a necessidade do FSE.
Durante a entrevista, FHC comentou, rindo, a demora na aprovação do fundo. "Tenho certeza de que (os parlamentares) estão discutindo em função dos melhores interesses do país. Eu espero isso", disse.
FHC participou da abertura do "Seminário Internacional Centro 21 - Perspectivas para os Centros das Metrópoles", no hotel Hilton, região central de São Paulo.

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sobre FHC em São Paulo à página 3-4

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