São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 1995
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'Polícia não pode largar caso a pedido de parentes'

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

O criminalista Evaristo de Moraes Filho, 61, disse que "teoricamente" a polícia não pode abandonar um caso de sequestro a pedido da família, por se tratar de um crime de ação pública (aquele que o Estado tem a obrigação de investigar).
O advogado admite a hipótese de a polícia sair de um caso se achar "ultraconveniente para salvar a vida do sequestrado". Mas essa decisão, segundo ele, tem que ser da polícia.
Moraes Filho lembrou o que chama "de o outro lado da medalha": a família de um sequestrado também tem direito de não passar dados à polícia, se achar que é a melhor forma de proteger o sequestrado.
"A família não está cometendo infração penal ao se recusar a colaborar com a polícia", disse o advogado. Ele falou à Folha a respeito da decisão do chefe de Polícia Civil, Hélio Luz, de se recusar a atender apelo da família do estudante Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho para que a polícia se retire do caso.
(RL)

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