São Paulo, quarta-feira, 1 de novembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Porta-voz do presidente não vê fundamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, por intermédio do porta-voz Sergio Amaral, não ver "fundamento" na afirmação do advogado Ives Gandra da Silva Martins sobre o processo de "fujimorização" do Brasil."No Peru, a chamada fujimorização foi um ato de força que levou ao fechamento do Congresso", disse Sergio Amaral. "No Brasil, estamos vivendo o pleno exercício da democracia, a negociação democrática e não tem qualquer elemento de comparação com o que ocorreu no Peru", completou. O porta-voz disse que FHC tem "o direito de negociar com o Congresso modificações na política fiscal que permitam ao Estado o exercício das funções básicas". Afirmou ainda que Fernando Henrique não leu o artigo publicado ontem. Segundo Amaral, as modificações na Constituição poderão ser contestadas. "Qualquer interessado pode recorrer à Justiça contra um ato do que por ventura não seja compatível com a Constituição", disse Amaral. Ele disse que, ao propor a possibilidade de cobrança do empréstimo compulsório e o fim da estabilidade do funcionalismo, o governo quer "simplesmente recuperar instrumentos para o exercício da política fiscal que visa o equilíbrio das contas públicas que assegure a consolidação do Real". Entre as funções básicas, citou especificamente o aumento da arrecadação que seria obtido com a cobrança do empréstimo compulsório prevista na proposta de reforma tributária. O ministro do Planejamento, José Serra, foi procurado ontem para falar sobre o assunto, mas não opinou sobre o assunto. O ministro da Justiça, Nelson Jobim, informou que não havia lido o artigo. Texto Anterior: Advogados discutem risco de fujimorização Próximo Texto: Poder do Executivo preocupa deputados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |