São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Aumentos causaram déficit

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora tanto o governo federal como Estados e municípios em geral tenham concedido reajustes salariais no último ano eleitoral, 94, o desempenho atual das contas públicas mostra que os governos estaduais e prefeituras mediram menos as consequências da medida.
Em junho do ano passado, o conjunto dos Estados e municípios apresentava superávit em suas contas equivalente a R$ 4,4 bilhões, em valores corrigidos até agosto passado -esses números, do Banco Central, excluem as despesas com os juros das dívidas.
Passadas as eleições de 94, os Estados e municípios já acumulam este ano rombo de R$ 1,7 bilhão até agosto, segundo os dados mais atualizados do BC e separando os gastos com as dívidas.
"E aqui é só (gasto com) salário", avalia o diretor de Política Econômica do BC, Francisco Lopes. "A arrecadação (dos Estados e municípios) cresceu quase 50%", argumenta.
É verdade que de 94 para 95 também o governo federal piorou seu desempenho. A diferença é que, de um superávit de R$ 11,8 bilhões, passou-se a um superávit menor, de R$ 6,5 bilhões. O governo federal só apresenta déficit quando são computados os gastos com a dívida interna.

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