São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Empresários fazem aulas de luta e tiro

Movimento em escolas aumenta

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Na semana passada, ao saber da notícia do sequestro no Rio de três pessoas no mesmo dia, o empresário S. L. Duarte , 28, ficou angustiado. "Será que vou ser o quarto?"
Dono de uma rede de distribuição de alimentos, Duarte revela que recorre a seguranças particulares e pratica tiro. Após ter um tio sequestrado e fugir de dois motoqueiros arma dos, ele hoje mantém equipe de oito seguranças e anda armado.
O Sindicato dos Vigilantes do Rio avalia que hoje o número de seguranças pessoais chegue a 6.500 -há um ano era 5.000.
Com uma clientela de médios e grandes empresários, o diretor de operações da Self Defence, Ayrton Frugoni, 39, diz que, depois dos recentes sequestros, o movimento aumentou 50%.
Sua empresa, que reúne um cadastro de 1.500 alunos, é especializada em treinamento de técnicas de defesa pessoal, inclusive em casos de sequestro.
Duarte é um dos alunos. Para apurar a pontaria e técnicas de defesa, ele e seus seguranças passam por cursos periódicos.
Aumentar a segurança pessoal também foi o caminho adotado por um outro empresário ouvido pela Folha, do ramo de automóveis, que não quer se identificar.
Há seis meses, seis homens entraram em sua empresa dizendo que eram clientes e queriam falar com o dono. Após quase ser sequestrado, ele triplicou sua segurança -hoje vive cercado por dez agentes.

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