São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995
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Abecip propõe criar empresa securitizadora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As entidades de crédito imobiliário e poupança pretendem utilizar parte dos recursos devidos pelo Tesouro Nacional para garantir empréstimos ao setor. Essa parcela seria de R$ 16 bilhões. A idéia é incluí-la no capital de formação de uma empresa securitizadora.
A securitizadora será formada por bancos privados, estaduais e fundos de pensão, informou Anésio Abdala, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
A criação da empresa está incluída na proposta do setor de formar o SIF (Sistema Financeiro Imobiliário), que funcionaria paralelamente ao SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
O objetivo do SIF é arrecadar mais recursos para o setor imobiliário, além da caderneta de poupança e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Os recursos que a Abecip quer incluir no capital da securitizadora são originários do rombo do FCVS (Fundo de Compensação das Variações Salariais), criado para cobrir a diferença de variação entre o valor da prestação do imóvel e o saldo devedor.
Há mais de um ano o governo estuda formas de pagar a dívida. A Abecip defende a transformação da dívida em títulos que serão vendidos para a securitizadora, que poderá negociá-los em Bolsas.
A vantagem, diz Abdala, é a criação de um mercado para os títulos. Os papéis, assim como o financiamento do SFH, teriam prazo de liquidez inferior a 20 anos.
O projeto para criar a empresa securitizadora será apresentado em janeiro ao Banco Central. O SFI poderá arrecadar recursos no exterior e criar títulos próprios para o setor. Os recursos serão direcionados também para projetos de imóveis comerciais, de aluguel, hospitais e turismo.

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