São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995 |
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Saúde publicitária Parecem até agora pouco consistentes -e por isso dignas de suspeita- as justificativas da Prefeitura de São Paulo para que se mantenham sem uso, durante os últimos 30 dias, 13 novas ambulâncias e 12 ônibus reformados que funcionarão como postos de saúde volantes. A Secretaria Municipal de Saúde alega que ainda não foi realizada a licitação específica para a compra dos sistemas de oxigênio e que até o momento aquelas viaturas não foram emplacadas. Ora, considerando-se que o material é necessário ao funcionamento das ambulâncias, como justificar para os munícipes que seja feita a licitação para a compra e a reforma de viaturas e não se providencie, ao mesmo tempo, a aquisição dos equipamentos? É inaceitável que o emplacamento demore um mês para ser feito, -sobretudo em se tratando de veículos de utilidade pública. Porém não será de estranhar que, tão logo a prefeitura lance, nos próximos dias, o Plano de Assistência à Saúde -com cujas iniciais, aliás, os veículos foram diferenciados-, os munícipes vejam circulando pelas ruas as viaturas que até agora, ao que tudo indica, esperaram pelo melhor momento para "servirem à população". Terá então a oportunidade de alardear os sensíveis progressos no atendimento à saúde da população. Texto Anterior: Corrida contra o tempo Próximo Texto: O Ananias e as consultorias Índice |
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