São Paulo, quinta-feira, 2 de novembro de 1995 |
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Montparnasse guarda lembranças da boemia Sartre e Charles Baudelaire estão sepultados no lugar VINICIUS TORRES FREIRE
O Père-Lachaise, um cemitério da elite parisiense, fica num dos bairros mais populares da cidade -e é bom notar que Montparnasse está um tanto degradado e lotado de prédios modernos. O filósofo Jean-Paul Sartre e a escritora Simone de Beauvoir, sua mulher, dividem um túmulo em Montparnasse. Símbolos de um certo tipo de vida e período da cidade -a boemia intelectual- os dois estão enterrados quase sob a sombra da torre de vidro preto de Montparnasse, um edifício de 209 m de altura, que é visto de muitos lugares de onde não se vê a torre Eifell e tem pouco ou nada a ver com a cara da cidade. Outro personagem da cidade, o poeta Charles Baudelaire, está ironicamente sepultado no túmulo da família Aupick, de seu padrasto, que Baudelaire detestava. Conta-se que numa das barricadas da Revolução de 1848, em Paris, o poeta carregava uma flâmula com a inscrição "morte ao general Aupick". À procura de túmulos de gente como o escritor Samuel Beckett, você pode esbarrar com uma escultura de Brancusi. Para encontrá-los mais facilmente, pegue o guia do Montparnasse, de graça, logo na entrada do cemitério. O Montparnasse fica no bulevar Edgar Quinet, 3. Uma das maneiras mais práticas de chegar até lá é pelo metrô, pelas estações Raspail ou Edgar Quinet. O Montparnasse funciona de segunda a sexta das 8h às 18h; sábados das 8h30 às 18h e domingo das 9h às 18h, nos meses de março a novembro. Em dezembro e fevereiro o cemitério fecha às 17h30. Informações pelo telefone 44-10-36-50. (VTF) Texto Anterior: Morte lembra o horror do fim Próximo Texto: Père-Lachaise é mapa da história e cultura Índice |
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