São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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Consumo cresce lentamente

DA REPORTAGEM LOCAL

Os fabricantes de aparelhos de áudio, vídeo e brinquedos aumentaram a produção neste ano para não correr o risco de perder venda por falta de produto, como em 94. Só que o consumo não está crescendo no mesmo ritmo.
"Todos trabalhavam com números crescentes de vendas. Não houve queda, mas uma estabilização no consumo", diz Darcy Magalhães, diretor da Philco.
Ele admite que o momento é crucial para o comércio e a indústria. "Ninguém tem idéia de como será o final do ano. Nós achamos que o consumo se mantém nos patamares atuais, por isso não vamos cortar a produção."
A Sharp segue a mesma linha. "O meu estoque não preocupa, porque haverá demanda até o final do ano", diz Oscar Bonilha.
Na dúvida, os lojistas preferem manter a cautela. "Estamos fechando hoje os pedidos para o mês, nem começamos a pensar no Natal", diz Natale Dalla Vecchia, sócio das Lojas Cem.
Segundo ele, como o mercado está superabarrotado de eletrônicos e móveis, não vale a pena apressar as encomendas e aumentar ainda mais o estoque da loja.
A sua empresa, por exemplo, tem hoje no depósito mercadorias para 40 dias. No mês passado, esse volume dava para 30 dias.
Dalla Vecchia diz que o encalhe aumentou porque as vendas caíram 5,5% de setembro para outubro.
Para alavancar as vendas, nesta semana, a empresa reduziu os juros cobrados no crediário.
Eldo Moreno, diretor do Magazine Luiza, conta que detectou retração nas vendas de TV, geladeiras e fogões na última quinzena.
Resultado: a empresa hoje está ajustando o volume de encomendas ao mercado e tem comprado da indústria semanalmente. "Não queremos acumular grandes estoques", afirma Moreno.

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