São Paulo, sexta-feira, 3 de novembro de 1995
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Preços de eletroeletrônicos e brinquedos caem em 95

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços de brinquedos, televisores, videocassetes e aparelhos de som estão mais baratos neste final de ano em relação a 1994. No caso dos eletrônicos, a queda chega a 10%, segundo os fabricantes.
O recuo nos preços se deve aos elevados estoques, um dos fatores, segundo a Folha apurou, que levaram a Estrela, grande indústria de brinquedos, a fechar a fábrica de São Paulo e a demitir funcionários nesta semana.
O setor de brinquedos produziu, em 1995, volume 20% maior do que o do ano passado.
Com o fraco desempenho das vendas por ocasião do Dia da Criança, que responde por mais de 30% do faturamento do setor, os fabricantes não querem ficar com encalhe. Assim, devem facilitar os negócios daqui para a frente, prevê Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, que reúne a indústria de brinquedos.
"É agora o momento para a indústria de brinquedos vender", diz ele. As vendas de Natal respondem por 35% do faturamento do setor.
A indústria de brinquedos pode fechar 1995 com queda de até 5% nas vendas em relação ao ano passado, prevê Costa.
Em 1994, os fabricantes nacionais faturaram cerca de US$ 650 milhões.
Eletrônicos
Duas razões explicam a queda nos preços dos eletrônicos. Uma delas é que, neste final de ano, a demanda não está tão aquecida quanto no segundo semestre de 1994. Assim, não há espaço para reajustes por parte da indústria e do comércio.
A outra razão é que a indústria já vem trabalhando para equiparar seus preços aos cobrados no mercado externo.
Nos televisores de tela grande, por exemplo, a queda de preços pode chegar a 20% neste final de ano, diz Edson A. Farqui, gerente da área de vídeo da Philips.
Segundo ele, os preços dos televisores e videocassetes vendidos no Brasil precisam cair pelo menos mais 20% para que fiquem próximos aos cobrados no mercado internacional.
A Philco informa que baixou os preços dos produtos que estão mais difíceis de vender, como os televisores de 29 polegadas. Neste caso, a redução foi de 2% no preço em outubro.
Natale Dalla Vecchia, sócio das Lojas Cem, confirma que os fabricantes estão dando descontos nos preços dos televisores e dos aparelhos de som, a linha com maior dificuldade de venda.
Já Eldo Moreno, diretor do Magazine Luiza, diz que sua loja tem conseguido descontos eventuais da indústria. "As ofertas dos fabricantes são localizadas."

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