São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995 |
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Graziano terá de achar emprego para 'demitido'
ALEXANDRE SECCO
A situação gera um grande embaraço para Graziano -que demitiu Resende, mas foi forçado a suspender a formalização do ato de demissão. A exoneração ainda não foi publicada no "Diário Oficial" -o que significa que não é oficial. Resende respondia normalmente pelo cargo até ontem. O superintendente mineiro tem aliados poderosos no governo. Entre eles, seu irmão, o deputado federal e ex-ministro da Fazenda Eliseu Resende (PFL-MG). Eliseu Resende pressionou o governo e conseguiu uma "sobrevida" para o irmão. O Palácio do Planalto teria determinado a Graziano que suspendesse a formalização da demissão até que um novo cargo fosse encontrado para o superintendente. A primeira tentativa do governo foi empregar Geraldo Resende no DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). O projeto falhou. Contra o superintendente pesam suspeitas de que teria manipulado informações a respeito da reforma agrária em Minas Gerais. A própria presidência do Incra confirmou falhas nos dados apresentados pelo órgão em Minas. Na semana passada Graziano determinou que Resende produzisse um relatório detalhado sobre as desapropriações em um prazo de quatro dias. A secretaria de imprensa do Incra anunciou que Resende estava sujeito a "tratamento exemplar" caso não cumprisse a ordem do presidente do órgão. Resende ignorou a determinação de Graziano, não concluiu o relatório e passou a articular seus contatos no governo para se manter no cargo. Texto Anterior: Resende não é encontrado Próximo Texto: STF anula desapropriações Índice |
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