São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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País tem 385 mil internações

ESPECIAL PARA A FOLHA

Estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 99% das 500 mil mortes maternas que ocorrem anualmente no mundo acontecem nos países em desenvolvimento. Destas, de 115 mil a 204 mil resultam de abortos ilegais e clandestinos.
O médico Thomaz Gollop afirma que, no Brasil, a rede pública registra por ano cerca de 385 mil guias de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) de mulheres em consequência direta de complicações desses abortos clandestinos.
Livro publicado em 1994 pelo Alan Guttmacher Institute, um centro de pesquisas de Nova York (Estados Unidos), chamado "Aborto Clandestino: uma Realidade Latino-Americana", relata que 1.443.350 abortos clandestinos são feitos no Brasil por ano.
Segundo Sílvia Pimentel, um outro estudo realizado pela mesma instituição nova-iorquina, diz que 40% da população mundial vive em países onde o aborto é permitido por solicitação da mulher.
Países em que o aborto pode ser feito por razões sociais ou médico-sociais (caso da superpopulação) reúnem 23% das pessoas.
As nações onde o aborto é autorizado para evitar ameaças à saúde da mulher ou por indicação genética ou jurídica congregam 12% da população mundial.
Os restantes 25% vivem em países onde os abortos são proibidos, exceto quando a mãe corre risco.

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