São Paulo, sábado, 4 de novembro de 1995
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Suspeito do caso Amia acusa policial argentino

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

O único detido pelo atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), Carlos Alberto Telleldín, disse ontem que entregou a camionete usada como carro-bomba para um oficial da polícia argentina.
Telleldín afirmou que tinha dívidas com o subcomissário da Brigada de Vicente López, Irineo Leal, conhecido como "El Pino", e que cedeu a ele a camionete Trafic dias antes do atentado.
Com base no depoimento, o juíz Juan José Galeano decidiu processar policiais federais de Buenos Aires e outros envolvidos no caso. Todos estão em liberdade.
O depoimento de Telleldín também deixou claro para a Justiça argentina o funcionamento de uma rede que atuava no roubo, desmanche e venda de carros usados.
Telleldín fez a confissão à juíza Luisa Riva Aramayo. Em troca, quer forçar um acordo que o liberte da prisão, garanta o pagamento de US$ 300 mil e a transferência de sua família para o Uruguai.
O Side (Serviço de Informações do Exército) iniciou investigação sobre Leal. A explosão do carro-bomba na sede da Amia, em Buenos Aires em 1994, matou cerca de cem pessoas e feriu outras 300.
(DCM)

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