São Paulo, domingo, 5 de novembro de 1995 |
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Argentina estimula concentração
DENISE CHRISPIM MARIN
O ano deve terminar com a redução de 169 para 129 casas bancárias. As privatizações respondem por seis baixas e as eliminações, por sete. Cinco novos bancos surgiram com a transformação de instituições de outra natureza. O que se denomina como fusão na Argentina está mais caracterizado como um processo de absorção estimulado pelo Banco Central. A crise mexicana foi o estopim para as reformas bancárias pretendidas pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo. A intenção seria proporcionar concentração bancária para reduzir custos e aumentar a eficiência dos serviços -que não chegam a 90% da população. Os bancos cooperativos foram os principais alvos das absorções. Das 32 instituições vendidas entre janeiro e outubro, 26 tinham essa natureza. Isso ocorreu devido à vulnerabilidade frente aos saques de janeiro a março. Em agosto, os depósitos nos bancos cooperativos não haviam se recuperado. Eram de US$ 2,3 bilhões (US$ 2,7 bilhões menos que em novembro). "Ninguém pensa em uma fusão estratégica entre os bancos Galícia e Río", afirma Jorge Codari, da Associação de Bancos da República Argentina, referindo-se a duas das maiores instituições privadas. A única exceção registrada foi a junção dos bancos Medefín e UNB, ocorrida em maio. Ambos tinham porte médio. Os grandes bancos privados, de acordo com Codari, estão nas mãos de famílias e mantêm capital fechado. A idéia de profissionalização é ainda recente. Para Abel Viglione, da Fundação de Investigações Econômicas Latino-americanas, os grandes bancos preferem se associar ao capital estrangeiro. Texto Anterior: Bancos mexicanos recorrem às fusões Próximo Texto: Espiões podem evitar fraudes bancárias Índice |
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