São Paulo, segunda-feira, 6 de novembro de 1995
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Segurança é questionada

DA "REUTER"

O assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin colocou em questão uma das maiores certezas dos israelenses -a eficiência dos seus serviços de segurança.
Algumas das questões que estão sendo colocadas são: por que os seguranças não colocaram totalmente em prática o procedimento usual de cobrir Yitzhak Rabin e atirar no agressor? Como um homem armado pôde chegar perto dele? Por que Rabin não estava usando um colete à prova de balas?
Uma das respostas pode ser que o aparato de segurança estava preparado para o ataque de um árabe, mas não o de um judeu.
Rabin já tinha sido alvo de protestos e ataques de colonos judeus e outros israelenses de direita contrários à paz com palestinos.
Funcionários da segurança disseram, no mês passado, que sua segurança tinha sido aumentada depois de manifestações públicas em que ele foi insultado e atacado.
"Rabin está causando perigo para as vidas dos judeus, criando um Estado terrorista. Ele não deve se surpreender se fortes medidas forem tomadas contra ele", ameaçou um ativista de direita no mês passado.
Além de todas as questões, o serviço de segurança de Israel tem de se preocupar agora com as dezenas de líderes mundiais que irão para o enterro de Rabin.
"Não correremos risco. Milhares de policiais estarão lá", disse o porta-voz da polícia Eric Bar Chen.

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