São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995 |
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PM leva reféns a batalhão antes de DP
SANDRO BARBOZA
Eles foram levados para a 2ª Companhia do 16º Batalhão, onde, segundo alguns operários, teriam sido orientados como deveriam explicar a ação da PM para a imprensa e a Polícia Civil. "Trouxemos eles para cá apenas para que eles pudessem se recuperar da tensão a que todos foram submetidos, disse o capitão do Gate, Wagner César Teixeira Pinto. Após o tiroteio, 14 dos 18 reféns foram colocados em grupos de quatro pessoas dentro de carros da PM. Soldados mantinham a imprensa à distância. Em seguida, todos foram levados para a 2ª Companhia. A reportagem presenciou o grupo dentro de uma sala de instrução da PM. "Eles falaram que a ação deles era necessária e que era para a gente falar isso para vocês, disse o refém José Pereira dos Santos, 28 anos, que começou a trabalhar anteontem na obra. Segundo o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, o procedimento é ilegal e vai ser apurado (leia texto ao lado). "Não sabia desse fato, mas, se isso ocorreu, vou apurar assim que vir isso publicado nos jornais, afirmou. Afonso da Silva considerou positiva a ação do Gate, mas se disse insatisfeito com a morte de quatro pessoas. "Se partimos da idéia de que houve um tiro e um refém foi morto, a ação do Gate foi positiva, porque salvou vidas", disse. No entanto, para ele, "não há fatos positivos quando há pessoas mortas". Segundo o secretário, não houve uma ordem específica para a invasão do local onde estavam os reféns. A orientação, de acordo com ele, é de invadir o cativeiro sempre que os reféns começam a ser mortos. "As informações que temos é de que houve um tiro dos assaltantes primeiro. Nesse caso, era dever da PM invadir, para proteger a vida dos reféns", afirmou. * Colaborou a Reportagem Local. Texto Anterior: Falha causa extravio de encomenda Próximo Texto: Secretário vai investigar ação Índice |
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