São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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Rabin falou a revista francesa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em uma de suas últimas entrevistas, o premiê de Israel Yitzhak Rabin disse a uma revista semanal francesa que um judeu não poderia assassinar um outro judeu por causa da retirada israelense dos territórios ocupados.
"É claro que as vezes temos de usar a força contra os judeus que invadem territórios cedidos aos árabes tentando montar um assentamento judaico, mas estou convencido de que isto não seria motivo para que um judeu chegasse a matar outro judeu", disse o primeiro-ministro israelense à revista semanal "Le Nouvel Observateur".
A entrevista, concedida há algumas semanas, só foi publicada na edição que chegou ontem às bancas francesas.
Rabin foi assassinado sábado, após discursar em uma manifestação de apoio a paz. O estudante de direito Yigal Amir confessou na Justiça ter disparado os dois tiros que mataram Rabin.
Amir é um extremista de direita que apóia a permanência dos colonos judeus na Cisjordânia. Ele já havia participado de tentativas de ocupação de áreas da Cisjordânia cedidas aos palestinos -como prevê o acordo de paz.
Amir afirmou que matou Rabin porque ele entregou a Cisjordânia aos palestinos.

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