São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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País quer aumentar controle sobre armas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo de Israel anunciou que estuda aplicar maior controle de armas no país, depois do assassinato do premiê Yitzhak Rabin.
Em Israel, segundo o Ministério do Interior, 300 mil pessoas carregam armas, em uma população de 5 milhões. Os israelenses são estimulados a usar armas para se proteger dos árabes.
O assassino confesso de Rabin, Yigal Amir, foi preso com uma pistola Beretta, que estava devidamente licenciada.
As autoridades que lhe deram a licença apenas checaram sua saúde e a falta de antecedentes criminais, apesar de sua ligação com o grupo judaico extremista Eyal.
O ministro da Educação do país, Amnon Rubinstein, disse que temia as manifestações de pessoas armadas em frente ao gabinete do primeiro-ministro.
Rubinstein disse que o governo estuda a proibição o uso de armas em manifestações.
Segundo um dos líderes dos colonos israelenses na Cisjordânia, região de maioria palestina, um a cada dois colonos carrega arma.
O premiê interino Shimon Peres prometeu uma operação de desmonte de organizações extremistas.
O próprio Peres já tinha prometido duras medidas de segurança depois que o judeu radical Baruch Goldstein matou 29 árabes em uma mesquita de Hebron (Cisjordânia), em fevereiro de 1994.
Goldstein, como Yigal Amir, queria interromper o andamento do processo de paz entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
Na época, o governo só desarmou alguns líderes militantes e colocou grupos radicais judaicos na ilegalidade. Mas não houve uma atitude firme em relação a um desarme geral dos colonos.
O líder do grupo israelense de direitos humanos B'Tselem, Yizhar Be'er, disse que não acredita em uma redução no uso de armas. "Para os judeus, a segurança está sobre todas as coisas."

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