São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Sul cresce em infra-estrutura e segurança
ROGÉRIO C. DE CERQUEIRA LEITE
Seja por esta ou por outra razão qualquer, aquela fábula da insegurança no sul da Itália parece, aos olhos de quem visita a Sicília hoje, um pouco descabida. Há por certo uma densidade elevada de pivetes em grandes cidades como Nápoles e Palermo. Mas nada que um experiente carioca ou vivenciado paulistano não tire de letra. É preciso também tomar cuidado com o troco em bombas de gasolina, em guichês e até em restaurantes. Gorjeta Para o calabrês e para o siciliano essas pequenas trapaças não são desonestidades, são direitos. O melhor mesmo é considerá-las como gorjetas. Também é bom tomar cuidado com carteiras, câmeras fotográficas, bolsas e pacotes em geral. Mas nada de paranóia. Assuma no seu orçamento 5% ou 10% para essas pequenas perdas. Outra advertência: não se mascare de gourmet. No sul da Itália, em geral, e na Sicília, em particular, a comida não é excepcional. E não adianta procurar restaurante de altíssimo nível. O único guia realista é o Michelin, impiedoso com a Itália, mas honesto. E coma "pasta e peixes. O resto é medíocre. O vinho, por outro lado, é quase sempre excelente. E se preferir cerveja, as melhores são fabricadas pela cervejaria Moretti. Se você, entretanto, se contenta aqui com Brahma Chopp tome uma da cervejaria Perroni. Passeio ideal O roteiro ideal começa em Nápoles, ou melhor na pequena cidade costeira, muito na moda, Positano, ou uma das suas mais conhecidas vizinhas, Sorrento, Amalfi, Ravello. Cidades verticais incrustadas como pedras preciosas nos rochedos sobre as ondas revoltas do mar azul-turquesa. Em Positano, gaste um pouco mais e fique em um desses hotéis com varanda para o mar. Champanhe A viagem realmente só começa quando você toma a primeira taça de champanhe na varanda de seu apartamento observando o esplendor do pôr-do-sol. Em dois ou três dias você terá visitado a costa Amalfitana. A próxima parada será Taormina, já na Sicília, e lá é parte integrante da viagem hospedar-se no hotel São Domingo, antigo mosteiro, maravilhoso exemplo de arquitetura do século 14. Aproveite os esplêndidos jardins. Dois ou três dias e parta com destino a Siracusa. Pare em seguida em Agrigento. O porto próximo será Palermo. De Palermo você poderá visitar todos os demais pontos de interesse tais como Segesta, Selimonte, Erice, Monreal etc. E não precisará mais do que três ou quatro dias. Em seu retorno para o continente passará por Cefalú. Em seguida deverá atravessar a Calábria. Dois ou três dias serão suficientes e, em seguida, terminará sua visita ao sul da Itália pela Puglia passando pela região de Trulli. Texto Anterior: Máfia é lugar-comum sobre os sicilianos Próximo Texto: Cidade é roteiro perfeito para final de ano Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |