São Paulo, quinta-feira, 9 de novembro de 1995
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Gambrinus é famoso por seus peixes e elegância

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

A fachada do restaurante Gambrinus, na viela dos Restaurantes, na Baixa, não trai o fato de que é um dos mais elegantes restaurantes de Lisboa. Logo depois da entrada há um bar comprido, onde você pode comer e beber.
O estilo é moderno, porém pesado, com madeira, tapeçarias e uma lareira grande, que evoca os castelos ou clubes do passado imperial português. Excetuando o caviar, o menu não se diferencia muito dos outros restaurantes de Lisboa.
O Gambrinus é famoso por seus peixes, mas também oferece muitos pratos de carne, entre eles o leitão assado à moda da Barrada.
Comecei com um gambás à malaguenha -um prato tolinho de camarões que chegaram à mesa ainda fervilhando em meia polegada de azeite fervente.
Meu companheiro se deu bem melhor com um saboroso creme de mariscos vermelho-escuro, enfeitado com pedacinhos de lagosta.
Para o prato principal, optamos por peixe -uma grande fatia de cherne grelhado com molho gribiche (tártaro) e salmonete-, uma tainha vermelha enorme com batatas cozidas e manteiga aromatizada com ervas.
Ambos eram fresquíssimos e seus preparos estavam perfeitos, embora não muito instigante, mas fiquei um pouco surpresa ao encontrar o fígado de minha tainha ainda presente.
Os crepes suzette -preparados à própria mesa com toda a pompa devida- foram a sobremesa de que mais gostamos, mas, determinados a nos ater a comidas portuguesas, também experimentamos a tradicional milita -uma espécie de pudim pouco interessante- e os queijos locais, o serpa (duro como um pecorino velho) e o serra, mole, que, contrastando com o pudim, se mostraram fantásticos.

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