São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995 |
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Curta é solo de Lewgoy
AMIR LABAKI
O ator, que se projetou como o mais notável vilão das chanchadas, rompe aqui com toda sua filmografia anterior, baseada em tipos antes que em personagens. Tudo muda em "Glaura". Lewgoy é o centro do filme. Compõe com inédita leveza, e notável humor, o escritor Orestes. Um ancião, preso a uma cadeira de rodas, que divide um sobrado de subúrbio com o filho, a nora e a neta. Orestes exala alegria de viver através de um incessante matraquear de clichês. Sua nora, Glaura (Julia Lemmertz), não suporta mais o cotidiano familiar medíocre. Jamais antes, Guilherme de Almeida Prado tinha se permitido rodar um filme tão humano e despojado. Suas obras anteriores eram sempre metaficcionais. Em "Glaura" as referências marcam presença, de "O Encouraçado Potemkin" ao "O Pagador de Promessas", mas são marginais. Texto Anterior: Prado estréia no curta em 'Glaura' Próximo Texto: Centenário esnoba Georges Méliès Índice |
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