São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 1995
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Imigração de judeu radical pode sofrer restrições

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo israelense planeja proibir a imigração de judeus americanos identificados com grupos judeus terroristas, como o que planejou o assassinato do premiê Yitzhak Rabin, informou ontem o Ministério do Ambiente.
"Vamos proibir a imigração de quem se identificar com organizações terroristas judaicas", disse o ministro do Ambiente, Yossi Sarid, que defendeu emenda à Lei do Retorno. "Não serão autorizados a vir para Israel. De preferência, devem ficar nos EUA".
Yigal Amir, 25, judeu que nasceu em Israel, confessou ter matado Rabin num comício pela paz no último dia 4.
A imprensa de Israel tem destacado os esforços de judeus militantes nos EUA em reunir fundos para a defesa de Amir nos tribunais.
O próprio Rabin já havia adotado legislação banindo grupos como o Kahane Vive, baseado na ideologia anti-árabe do rabino Meir Kahane, nascido nos EUA.
Um seguidor de Kahane, Baruch Goldstein, matou 29 muçulmanos numa mesquita em Hebron (Cisjordânia) em fevereiro de 1994. Goldstein, morto após o massacre, também era norte-americano.
Segundo Sarid, a entrada de extremistas de outros países também será banida, mas "infelizmente a concentração está nos Estados Unidos".
Segundo o ministro, o gabinete israelense atingiu consenso quanto a esse ponto numa reunião ontem, mas não tomou ainda nenhuma decisão.

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