São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995
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Socorro rápido salva coração, diz pesquisa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Vítimas de ataques de coração que recebem tratamento rápido e agressivo para abrir as artérias afetadas e restaurar o fluxo sanguíneo podem ter benefícios maiores do que os cientistas pensavam.
Estudo de Allan Ross, do Instituto de Pesquisa Cardiovascular na Universidade George Washington (EUA), detectou sobrevivência duas vezes maior em vítimas de ataques cardíacos que tinham recebido tratamento para restaurar o fluxo sanguíneo ao coração.
O estudo foi apresentado ontem num simpósio na Universidade George Washigton que antecipa as Sessões Científicas da Associação Americana do Coração.
Os pesquisadores já esperavam descobrir um benefício de longo prazo após o fluxo sanguíneo ser restaurado ao coração.
Isso porque há menos dano ao músculo se o fluxo sanguíneo for retomado rapidamente -levando supostamente a um coração mais forte e a menor chance de morrer nos meses e anos após um ataque.
Mas provas científicas dessa hipótese nunca haviam sido apresentadas.
Estudos clínicos anteriores descobriram um pequeno benefício, entre uma e nove vidas salvas a cada cem tratamentos. Mas não estava provado que o benefício aumentava como os pesquisadores esperavam.
No novo estudo, a equipe de Ross avaliou pacientes com base no sucesso do tratamento para desbloquear as artérias e preservar a capacidade do coração de funcionar, e não com base no modo e na época do tratamento.
Resultados determinaram que, após dois anos, cerca de 8 a cada cem pacientes com rápido fluxo sanguíneo logo após o tratamento morriam, em comparação com 16 a cada cem que tinham fluxo sanguíneo baixo ou lento.
Num prazo de 30 dias, porém, morriam 4 de cada cem pacientes com rápido fluxo sanguíneo, em contraste com 8 mortes para cada cem pacientes com fluxo sanguíneo lento ou inexistente.
Os números foram ainda mais dramáticos nos pacientes com corações fortes. Apenas 11,4% dos pacientes tratados rápida e eficazmente morreram num prazo de dois anos, contra 39,8% dos que tinham corações sem força para bombear sangue.

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