São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995 |
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'Educação vai melhorar'
FERNANDO ROSSETTI
"Se eu não fizer (a reforma) em um lugar, vou ter que deixar de fazer em vários, pois todos têm seus motivos", afirma Neubauer. "A reforma vai melhorar o ensino e, com a racionalização da rede, organizar a jornada de trabalho do professor e dar mais recursos para salários e infra-estrutura", diz a secretária. Na Freguesia do Ó, segundo ela, duas das quatro escolas (Jácomo Stávale e Augusto de Carvalho) "são realmente escolas onde dá para ter 2º grau". Para ela, não faz sentido investir em todas as escolas daquela região para terem 2º grau, se é possível concentrar o investimento em apenas duas. Outro exemplo dado por ela: em Suzano (Grande São Paulo) há 74 escolas estaduais, 40 delas com quatro ou mais períodos (o que quer dizer que os alunos ficam no máximo três horas e meia na escola). Com a reorganização, apenas 14 escolas de Suzano terão, em 96, mais de três períodos de aulas. "Com a reforma, podemos planejar melhor onde temos que fazer construções para resolver os problemas que sobrarem", diz. Em São Caetano do Sul, das atuais 20 escolas com 1º e 2º graus, apenas 3 terão da 5ª série do 1º grau ao 2º grau no ano que vem. Com relação a cortes de professores, Neubauer diz que gostaria de "acabar pelo menos com os 10% de professores não-habilitados". Esses professores são contratados todos os anos depois do começo das aulas, quando não há gente com formação adequada para assumir as classes. (FR) Texto Anterior: Reforma no ensino gera protesto Próximo Texto: Socióloga analisa modelos de 'escola democrática' em dissertação Índice |
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